Já que nada é perfeito eu vou dar jeito na minha vida nas margaridas do meu cabelo e no banheiro nenhuma pista eu vou mostrar que não é bobagem a engrenagem das borboletas com tantas letras e tantos nomes seu telefone sumiu de vista se eu duvidar de quem eu sou, você pode me falar. Mas vai que eu fico só vou desaparecer. Como é volátil a nossa vida, as borboletas e as margaridas.
minha vida tá
andando em círculos
andando em círculos
andando em círculos.
e ela
não tem início
não tem meio
não tem fim.
minha vida tá
assim.
um circulo,
uma confusão.
antes era sim
agora é não.
minha vida é
movimento circular
não para
não anda
não sai do lugar
e não quer ficar
minha vida tá
andando em círculos
andando em círculos
e o que saiu pela tangente
foi minha vontade de viver.
de resto só me resta
sobreviver
Valha-me, Deus Se é da carne o sentimento bom O pensamento que me soa o tom A poesia à toa A nostalgia boa
E eu me entreguei Fui da janela ao que me seduziu Um olho viu e o outro descobriu A poesia à toa A nostalgia boa
Dê atenção De curioso já quis decifrar Ninguém me disse que não tem mais volta Virei pra ver a porta Virão abrir a porta E tudo eu sonhei Foi nesse tom que o piano tocou Num breve susto que não me assustou Ô meu irmão acorda. Irmão, cadê a corda?
eu poderia morar
entre
essas palmeiras
entre
essas ondas
entre
essas lombras
entre
essas fumaças entre
essas areias
entre
esses sargaços
entre
esse sal
entre
a polpa
do bem
e do mal
entre
suas unhas
entre
seus dedos
entre
sua vulva.
entre
.
.
.
entre
.
.
.
pode
entrar.
a porta
tá aberta
desde o início
só por te esperar.
Desse jeito vão saber de nós dois Dessa nossa vida E será uma maldade veloz Malignas línguas Nossos corpos não conseguem ter paz Em uma distância Nossos olhos são dengosos demais Que não se consolam, clamam fugazes Olhos que se entregam, olhos ilegais
Eu só sei que eu quero você Pertinho de mim Eu, quero você dentro de mim Eu, quero você em cima de mim Eu quero você
O que foi isso
nessa noite de sexta-feira?
foi tão rápido.
foi um lapso.
apenas foi.
e foi tão bom.
foi ótimo.
foi você.
fomos nós
no mesmo tom
mais uma vez.
e dessa vez,
meu bem,
foi até o fim.
e eu perdi.
eu perdi
sim.
fiz uma viagem
pelo universo
que havia dentro
de você
e (me) perdi sem saber
se iria voltar
uma parte minha quis ficar
e ficou.
e você no
"vai, vai"
e eu estava no seu eco
até na piada do "oco"
que eu preenchi.
como foi bom
e agora nossas noites
ensolaradas
deixaram de ser
pensamento
pra virem a ser
realidade a todo
momento
que a gente
quiser
as noites de sextas-feiras
e as noites de sábados
sem feiras.
finalmente.
e eu perdi.
eu me perdi.
você perdeu
nós perdemos.
nos perdemos
dentro
de
nós
m
es
m
os
estou radiante
brilhante
só porque
você falou
bem fundo
pra mim
falou bem
fundo
bem fundo
bem fundo
lá dentro
e eu brotei
no meio
do teu mundo
entre as
deita
e rola
eu em você
pedindo
mais
mais
mais
e eu te dando
mais
mais
mais
e nunca é o suficiente
porque fizemos um show
um show indecente
que foi tão bom
tão bom bombom bom,
que ganhei meu dia
ganhei meu mês
ganhei vocês
ganhei um poema
ganhei um verso
ganhei o universo
Everything you ever told me
Could have been a lie, we
May never have been in love.
Stuck on thinking that there is
Always something to lose,
Or a hit from above.
I don't need what i'm holding on to.
I wish i knew.
But meanwhile
Fluctuations are aching my
Soul, expectation is taking its
Toll. fluctuations are aching
My soul'cause everything you
Ever told me could have been
A lie we may never have
Been in love.
era ela
e a rua
e o choro
era ela
e a rua
e o show
ela era
que chorava
sem parar
ela era
e eu era ela
pra ajudar
éramos dois
éramos dois
prestes a se suicidar.
e eu
sabia
que há muito
devia
ter feito essa
poesia
era ela
e a virada
do mês.
era eu,
ela
e a madrugada nós três
éramos filósofos
éramos filósofos
a chorar
pelo amor
que não voltará.
a chorar
pela vida
que não nos restará.
a chorar
pela vida
que virá.
e eu
sabia
que há muito
devia
ter feito essa
poesia
somos um retrato
de dorian gray
no meio da madrugada
no meio da virada
no meio.
e eu
sabia
que há muito
devia
ter feito essa
poesia
pois sentimos mutuamente
energia
que o que nos resta nessa
vida
é ficar e espalhar
alegria
Xico
ô Xico
deixa
me toma
me ameixa
eu quero que cê
enseje
deseje
surprese meu corpo
com poeira
do mormaço
Xico
ô Xico
o tempo
Çico é
quem decide
mas há
de dá
o tempo
que cê
vai incostar
a mão no
meu bucho
e v
que o menino
é teu,
o menino
é nosso
creio Naquele
que me fortalece
Nele, tudo posso.
Xico
ô, Xico
nessa
casa
nessa
terra
rachada
eu quero
ser sua
sua
fruta
quero
ser teu pão
quero
ser sua
fruta-pão
Não há nada mais lindo do que amanhecer Num dia de domingo e lembrar Que eu tenho você Que eu tenho você Não há nada mais lindo do que amanhecer Num dia de domingo e lembrar Que eu tenho você Que eu tenho você
Não te prometo eternidade Mas dias te ofereço um milhão E deixo você com a metade Do meu coração
Meu amor (mon amour) Meu amor (mon amour) Doce é o vento ao te encontrar (où te trouves-tu) Meu amor (mon amour) Meu amor (mon amour) Comme le dit jacques brel
o trabalho tá me matando
o trabalho tá me matando
o trabalho tá matando
o trabalho tá matando a mim
o trabalho tá mantando
o trabalho tá me matando
e eu não percebi
tá me matando o trabalho
e tá matando o a mim esse trabalho
esse trabalho me mata
esse trabalho me matou
o trabalho está matando eu
eu estou sendo morto pelo trabalho
o trabalho está matando-me
mas
tudo que eu preciso
é uma casa no
meio do nada
pra junto de
você, meu amor,
fazer uma nova morada.
esquecer
de tudo:
sem janela quebrada.
sem xícara trincada
sem areia rachada
sem
sem mais nada.
é a minha casa
no meio do mato.
é nossa utopia realizada.