domingo, 20 de outubro de 2013

Balança

Coqueiro
queria ser você.
Passar o dia
sendo balançado
pelo vento sem se vê.
Longe do mundo e da tevê

Eu coqueiro extasiado
do céu o azul demasiado
lá do alto resplandecer
pelo verde do não ser.

Na tranquilidade do passado
na mansidão meu flor é labiado.
beleza do silêncio inexorável
minha água é água potável.

Coqueiro
inveja que tenho sensível.
Meio que raiva
dessa sua capacidade
de ser indivisível.





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